[Resenha] Em busca de sentido - Viktor E. Frankl


Nome: Em busca de sentido (34ª edição)
Título Original: Ein Psycholog erlebt das Konzentrationslager
Autor: Viktor E. Frankl
Gênero: Psicologia/Autobiografia
Tradutora: Walter O. Schlupp e Carlos C. Aveline. 
Editora: Sinodal/Vozes
ISBN: 9788523308865
Ano: 2013
Páginas: 184
Classificação:  ★ ★ ★ ★ 
Sinopse: Publicado em muitas línguas, sucessivas edições e milhões de exemplares, este despretensioso texto em linguagem narrativa constitui a porta de entrada para a logoterapia, a "terceira escola vienense de psicoterapia". Qual o segredo de seu sucesso?
Nele, o psicólogo/autor descreve como sentiu e observou a si mesmo e as demais pessoas e seu comportamento na situação-limite do campo de extermínio nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Ao fazê-lo, toca na essência do que é ser humano: usar a capacidade de transcender uma situação extremamente desumanizadora, manter a liberdade interior e, desta maneira, não renunciar ao sentido da vida, apesar dos pesares.
Assim, esta obra-prima de observação psicológica é, ao mesmo tempo, um testemunho de grande humanidade, capaz de animar ainda hoje pessoas que, em situações aparentemente sem sentido, ficam abertas para os pequenos sinais de sentido perceptíveis no dia a dia. Tais sinais tornam-se frestas pelas quais podemos vislumbrar o sentido mais profundo e transcendente da vida.
Contendo dois apêndices em que o autor expõe os "Conceitos Fundamentais da Logoterapia" e a "Tese do Otimismo Trágico", trata-se de um livro que, além de informativo, é comovente no melhor sentido da palavra.

Resenha:

Um livro inspirador e revelador. O autor de Em busca de sentido é o protagonista da história real e trágica contada no livro que foi dividido em três partes, onde a primeira possui três fases. Viktor E. Frankl começa a contar como foi entrar num campo de concentração, o primeiro contato, o choque, o medo e a negação de que aquilo tudo era real. Na segunda fase, ele descreve como era a vida nos campos. A fase mais impressionante das três... Mesmo com todo o caos e o sofrimento ao redor, alguns prisioneiros viam todas as coisas boas possíveis, principalmente, relativas à natureza, como o pôr do sol, por exemplo. Ainda mais fantástico, é a diferença com que cada um lidava com a situação, enquanto uns mostravam o pior lado, outros continuavam com sua fé, se tornavam pessoas ainda melhores do que eram antes do campo.
A vida dos prisioneiros era posta em prova todos os dias e, ás vezes, o que parecia ser a salvação era o caminho para a morte e vice-versa. O futuro era incerto e as dúvidas começavam a aparecer nas mentes daquelas pessoas: será que vamos sobreviver? Se não, esse sofrimento não terá sentido. Havia também aqueles que pensavam diferente, como o próprio autor: Esse sofrimento todo faz sentido? Se não, não vale a pena sobreviver.
Muitas coisas dentro dos campos de concentração só dependiam da escolha do preso, uns poucos escolhiam fazer de tudo um aprendizado, uma forma de crescimento interior. A minoria escolhia lutar ao invés de desistir. Isso foi o que mais gostei no livro, o que mais me impressionou.


Durante todo o livro, quando eu parava de ler, ainda continuava pensando nos ensinamentos que ali estavam, tentei absorver o máximo de conhecimento que pude deste livro. Aprendi sobre a superação do ser humano, sobre o quão importante é a vida ter um sentido, seja ele qual for. Aprendi que as aparências podem enganar e pessoas podem mudar. Como Viktor fala no livro sobre os prisioneiros que eram “carrascos” e os guardas que ás vezes até ajudavam. É incrível a diversidade humana e como sempre existem as exceções ás regras...
Na segunda parte do livro, o psicólogo-autor começa a falar sobre a logoterapia, que é nada mais, nada menos que uma “psicologia de sentido”.  Ele cita casos de pacientes que precisavam encontrar sentido na dor, para que enfim pudesse seguir em frente. Aprofunda-se ainda mais falando sobre outros tipos de tratamentos feitos pela logoterapia. Eu, como amante da biologia, da química e do comportamento humano, fiquei fascinada por esse estudo.  Para aqueles que também gostam é uma ótima leitura, para aqueles que não gostam, é uma forma de adquirir novos conhecimentos e de expandir a mente.


Por fim, na terceira parte, é descrita a tese do otimismo trágico. Nesse momento ele fala sobre a dor, a culpa e a morte, o que ele chama de “tríade trágica”. Não tenho muito o que falar dessa parte porque vou acabar soltando alguma espécie de spoiler e este livro precisa ser lido para entende-lo bem. Por isso, vou deixar apenas uma frase que tem logo no início desta parte:  “Como é possível dizer sim à vida apesar de tudo isso?”. Apesar da dor, apesar da culpa, apesar do medo.
Em busca de sentido te faz perceber que desistir não é uma opção. Que sempre terá algo belo a se apreciar. Que sempre terá um sentido para viver seja ele um amor, um trabalho, um sonho ou uma simples busca por se tornar alguém melhor.
Livro super indicado! Ainda mais para aqueles que têm uma queda pela psicologia.
Leia com atenção para que possa absorver todos os ensinamentos, podemos dizer assim, dados no livro.

Até a próxima resenha.



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