[Resenha] Filme "O Jogo da Imitação"


Nome: O Jogo da Imitação
Título Original: Imitation Game
Dirigido por: Morten Tyldum
Gênero: Biografia/ Drama/ Thriller
Ano: 2014
Duração: 1h55min
Atores: Benedict Cumberbatch, Keira Knightley, Matthew Goode
Classificação: ★ ★ ★ ★ 
Sinopse: Durante a Segunda Guerra Mundial, o governo britânico monta uma equipe que tem por objetivo quebrar o Enigma, o famoso código que os alemães usam para enviar mensagens aos submarinos. Um de seus integrantes é Alan Turing (Benedict Cumberbatch), um matemático de 27 anos estritamente lógico e focado no trabalho, que tem problemas de relacionamento com praticamente todos à sua volta. Não demora muito para que Turing, apesar de sua intransigência, lidere a equipe. Seu grande projeto é construir uma máquina que permita analisar todas as possibilidades de codificação do Enigma em apenas 18 horas, de forma que os ingleses conheçam as ordens enviadas antes que elas sejam executadas. Entretanto, para que o projeto dê certo, Turing terá que aprender a trabalhar em equipe e tem Joan Clarke (Keira Knightley) sua grande incentivadora.


Resenha: 

       Tanto ouvi falar desse filme na época do Oscar que despertou minha atenção, mas considerando que muitas vezes o Oscar decepciona em suas escolhas, por muitas vezes supervalorizar uma obra, demorei para finalmente assistir. Se ao menos eu soubesse o que estava perdendo com certeza não teria perdido tanto tempo para vê-lo.

       O filme, baseado em fatos reais, tem como cenário a Inglaterra da Segunda Guerra Mundial e conta a história de Alan Turing, um matemático brilhante e lógico que precisa lidar com seus problemas de relacionamento com basicamente todos que conhce. Se utilizando do potencial de Turing, um grupo de ingleses é reunido pelo governo britânico para decifrar o tão famoso código alemão Enigma em menos de 18 horas e garantir que os ingleses consigam decodificar as mensagens enviadas para submarinos alemães e dar um possível fim à guerra. Apesar de suas atitudes, Turing logo se torna líder da equipe e inicia um processo de criação de uma máquina que descobriria as mensagens enviadas, mesmo sendo desacreditado por todos, exceto pela sua maior motivadora e amiga Joan Clarke, única mulher presente no projeto.

"Por trás de todo código existe um enigma"
       O longa conta com um elenco excepcional, tendo como trio principal Benedict Cumberbatch, Keira Knightley e Matthew Goode. A química entre os três é evidente na tela e sempre nos faz querer mais e mais da história. Cumberbatch sempre que representa algo nos faz sentir como se fosse de fato aquela pessoa, impossível não torcer por ele em todos os momentos da trama. A maravilhosa Keira Knightley é sempre acreditável e pura no que faz, sua atuação é limpa e notável, principalmente em meio a tantos homens no elenco, ela é a luz. Matthew Goode é o menos conhecido, porém não fica para trás em qualidade, consegue acompanhar os companheiros de tela sem grandes desafios.

        O Jogo da Imitação me deixou de boca aberta em vários aspectos, como por exemplo, o roteiro que é escrito com detalhes onde os flashbacks são mostrados nos momentos corretos sem nos deixar perdidos, a fotografia é simplesmente magnífica e o ponto principal, seu elenco que não poderia ser melhor. A guerra em si não é um fator importante, mas sim como um gênio matemático lida com assuntos relacionados a pessoas e as consequências disso. É um drama de guerra que nos ensina a perceber que existe muito acontecendo ao nosso redor, mas muito mais acontecendo dentro de nós mesmos, porque apesar de Turing estar criando uma máquina para acabar com a guerra ele faz isso principalmente como um desafio pessoal de sempre se superar não para impressionar os outros, mas a ele mesmo, além de ter que lidar com casamento, pressão da sociedade e preconceitos contra homossexuais.

Allen Leech, Benedict Cumberbatch, Matthew Beard, Matthew Goode e Keira Knightley
       Com um final emocionante e capaz de arrancar lágrimas dos espectadores mais sensíveis, O Jogo da Imitação conta a trajetória de uma mente brilhante conseguindo amarrar vida pessoal e fatos históricos com muita precisão, não deixando que a obra se desenvolva de forma maçante e envolvendo o público com o drama de um herói de guerra.

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