Nome: A Irmandade (Irmandade de Copra #1) | Autora: Caroline Defanti | Gênero: Ficção Científica | Editora: Arwen | Ano: 2015 | Páginas: 432
Sinopse: Em um futuro longínquo, a quase extinção do ser humano fez com que os poucos que restaram lutassem pela sobrevivência em colônias extraterrestres. Entretanto, alienígenas se apossam da Terra e a curam, mas os homens desejam ter seu planeta e vidas de volta.
Mas os seres não parecem dispostos a abrir mão de seu novo lar. Por isso, os homens criam novos soldados, uma raça nova capaz de combater essas criaturas e recuperar o planeta.
Assim nasce a Irmandade de Copra!Trecho Preferido: "O silêncio era o melhor remédio para a raiva, na opinião dela."
Resenha:
Mais um
livro nacional para a conta. E esses autores não brincam em serviço! Mais uma
história
sensacional e muito bem escrita. A Irmandade é o primeiro volume da trilogia Irmandade de Copra, da Caroline Defanti.
sensacional e muito bem escrita. A Irmandade é o primeiro volume da trilogia Irmandade de Copra, da Caroline Defanti.
O livro é
uma ficção científica que se passa no futuro, onde seres humanos foram quase
extintos e agora vivem em colônias na Lua e em Marte. E quem está na Terra são
os alienígenas, que a invadiram e a estão curando do mal feito pelos seres
humanos, mas os donos originais do planeta querem seu lar de volta. Entretanto,
os seres alienígenas – chamados Copranos ou Sherriell
– não querem devolvê-la, então, os humanos criam a Irmandade: pessoas com Dádivas
(espécie de poder dado a eles através de uma Cirurgia) que viram soldados para
combater e tentar recuperar o planeta natal.
A escrita da
autora te envolve desde o primeiro momento. É simples e objetiva, sem deixar de
ser detalhista. A leitura é muito gostosa e divertida, principalmente pelo
dia a dia dos Irmãos e o humor (ou mau-humor) de alguns deles. Há muitos Irmãos
e personagens, por isso apenas falarei dos mais importantes e meus preferidos:
Chess, Bruto, Padre, Musa, Cara e Versátil.
Chess é o
líder da Irmandade e um dos que mais gostei, sem dúvida. Senti vontade de
abraçá-lo praticamente a história toda, ele é meio frio por ter que manter a
pose de líder, mas tem muitos sentimentos e se preocupa muito com os outros
Irmãos. Gostei da força que demonstrou ter.
Bruto é um
grandalhão muito boa gente, eu não sei bem porque amei esse personagem, acho
que é engraçado pensar em alguém tão legal com o apelido de Puro Músculo.
Porque ele é bem gentil, na verdade, apesar de não parecer... Comparei-o com o
Shrek, me julguem.
Padre é um
personagem que poucos leitores gostam, mas eu amei! Ele é um cara fechado,
sério, não fala muito e quando fala é sempre ouvido, pois todos têm muito
respeito por ele (ou medo). Acho que ele é um pouco incompreendido.
Aparentemente, Padre é um cara chato e esnobe, mas eu o vejo como um
observador, alguém que prefere não gastar palavras desnecessárias e uma pessoa
bastante controlada – não do tipo bomba relógio, que se controla um tempo todo
para uma hora explodir, mas do tipo realmente
controlada, que não se deixa levar pelos sentimentos, o que o torna frio diante
dos outros.
"- Eu sou como o dinheiro, é? - retrucou a jovem, olhando para Arcanjo. (...) Bom, então não vai se importar se eu passar de mão em mão, certo?"
(morri de rir nessa parte)
Musa me
deixou um pouco confusa com sua Dádiva, mas é uma personagem bastante forte e
surpreendente. Cara, o ex-lider da Irmandade, foi outro que amei! Corajoso e
simpático me conquistou mesmo aparecendo pouco. Versátil, o mais novo Irmão
dentre os citados, tem corpo de alienígena e esta é sua Dádiva. Ele é muito
fofo, inteligente e da paz. Até o apelido dele é fofo: Mindinho! Haha
Além desses
– e não quero mais me demorar tanto nos personagens – conhecemos Dakarai, um
Coprano respeitado dentro de seu povo. Muito inteligente, paciente, protetor e
carinhoso. E Arcanjo, outro importante Irmão dentro da Irmandade, namorado de
Musa, de quem eu não gosto tanto. Cresceu um pouquinho no meu conceito durante
a trama, mas ainda não é a luz dos meus olhos. Acho que sou do contra, gosto do
Padre e não gosto muito do Arcanjo, de quem a maioria gosta. Vai entender...
Apesar de
ter adorado a escrita da Carol e os personagens, o que mais gostei na história
foi o fato da autora ter criado uma cultura e uma língua inteiramente novas.
Sim, ela fez isso. E com maestria, pois não encontrei nenhum furo na história.
Ah, aproveito aqui para deixar a dica: quando forem olhar o glossário do livro,
olhem APENAS o dicionário dos termos Sherriell!
Senão, vocês podem pegar spoilers monstros, como eu peguei por causa da
minha curiosidade. O aviso está dado: não olhem a parte do glossário antes de
terminar o livro, aliás, não olhem NUNCA a parte que fala dos Irmãos. A única
parte que está liberada é a da tradução dos termos Copranos.
"Naiz lulerazcue yét sacz nanems lawus ianz lo karz es moera la"Tradução: "A escuridão não traz em si nenhum mal. É o mal que se aproveita dela.
Sobre a
estética do livro: a edição está maravilhosa, a capa divina e tudo a ver com a
história! A Arwen sempre faz um bom trabalho. O que estranhei de início, mas
depois acostumei, foi o livro não ser separado por capítulos, mas por desenhos
fofinhos de um DNA em formato de árvore (nem gostei, né?). Alguns momentos do
livro também são divididos e uma folha preta separa estas partes. Além disso,
tem o glossário – do qual falei – que explica vários termos e é bastante útil, se
não fosse pelos spoilers. A fonte escolhida é agradável, tanto a usual quanto a
usada nos flashbacks.
Só mais uma
coisa: o final do livro te chama pro segundo volume, sério! Eu fiquei meio
desesperada e a autora não quis me revelar nada BUÁ. Enfim, Irmandade de Copra
é um bom começo para quem está entrando no mundo da ficção científica, é bem
simples e uma baita de uma história. Vale a pena! E que venha Jogos de
Liderança.