Um, dois, três e... Vikings!


    Ás vezes o universo conspira para que certas coisas aconteçam. Uma delas foi que eu assistisse Vikings. Indicação de várias pessoas em vários momentos, até que finalmente eu pude começar a assistir na Netflix.

  Com episódios de 45 minutos de duração em média, Vikings teve como inspiração as histórias de Ragnar Lothbrok, um conhecido herói nórdico e se passa, obviamente, no início da Era Viking. É um pouco parecida com Game of Thrones, mas ao mesmo tempo, totalmente diferente. Teve sua estréia em março de 2013.

    Vamos aos três primeiros episódios, então...

Um: Rites of Passage


    A série já começa com ação e luta. Ragnar Lothbrok e seu irmão, Rollo, protagonizam a clássica cena Viking: brutalidade, sangue, espadas e violência. Só não sabemos o motivo, talvez não haja um. Após isso, Ragnar vê uma figura encapuzada que eu ainda não entendi muito bem porque aparece e, aparentemente, só ele vê. Li em alguns lugares que seria Odin, mas não sei. Então, ele volta para casa. Seu filho, Björn, vai passar pela “Coisa”, que é um rito de passagem para a maioridade. O governante e líder local Earl Haraldson presenteia os jovens com jóias que significam sua lealdade e sua palavra.

    Em meio ao clima de festa, os Vikings querem saber sobre o destino das próximas invasões e, então, Ragnar revela seu desejo (ou obsessão) de viajar para o Oeste, onde acredita existir terras e riquezas jamais vistas. Porém, ninguém acredita que haja uma maneira de enfrentar o mar aberto e acham que não vale a pena o risco. Mas Ragnar tem outros planos: contrata os serviços de seu amigo Floki – um personagem bem louco e engraçado, lembrando o próprio deus Loki – para  construir um barco para velejar em alto mar e fazer a expedição ao Oeste, mesmo sem a aprovação de Earl.


    Enquanto isso, ocorre minha cena favorita do episódio na casa de Ragnar, onde Lagertha, esposa do Viking, é a protagonista. Ela e sua filha, Gyda, estão ocupadas com os afazeres domésticos, quando dois homens armados e mal encarados entram em sua residência. Lagertha oferece sua hospitalidade, mas os homens não possuem boas intenções e quando isso fica claro para a mulher, ela expulsa-os sem muitas dificuldades, mostrando-se uma guerreira nata.

   Em contrapartida, houve cenas em que eu senti nojo. Principalmente, protagonizadas pelo irmão de Ragnar: Rollo. Um personagem que simpatizei de início, mas não demorou muito para essa simpatia se acabar. Aliás, essa simpatia durou apenas duas cenas.


    O episódio termina com o primeiro teste do barco construído por Floki no mar.

Dois: Wrath of the Northmen


     Com tudo preparado para a viagem ao Oeste, Ragnar só precisa conseguir uma tripulação. Isso pode ser um pouco complicado, já que Earl não pode saber. Entretanto, o líder descobre, através de um informante, da reunião que foi feita para este fim.

      Neste episódio eu confirmei meus sentimentos pelos personagens: meu amor por Lagertha, meu nojo por Rollo e minha confusão com Ragnar.


     Com a tripulação formada, os homens se lançam ao mar, incertos se voltarão com vida ou se ficarão perdidos no mar. Enquanto isso, os monges de Lindisfarne veem na tempestade sinais de um apocalipse próximo.

    Quando os Vikings atracam nas terras do Oeste, em Nortúmbria, um dos quatro reinos da Inglaterra, encontram o mosteiro e os monges não oferecem a menor resistência, já que o lugar era sagrado para os cristãos e não era necessário que montassem uma defesa. Todavía, o Deus dos cristãos não significa nada para os nórdicos, que profanam todo o lugar e matam quase todos os monges que encontram, poupando apenas a vida de alguns, os levando como escravos na viagem de volta.

    Um desses monges foi Athelstan, poupado por Ragnar. Gostei dele logo de cara! O interessante será o conflito que ele proporcionará entre as religiões cristãs e nórdicas.


    Os homens voltam para seu barco, abarrotados de ouro e com seus novos escravos. Tem início a Era Viking.

Três: Dispossessed


     Finalmente, Ragnar e sua tripulação retornam da viagem. Cheios de tesouros, os homens são recebidos com muita comemoração após o sucesso da missão, porém, não podem desfrutar por muito tempo, já que o líder os convoca para uma reunião. A desobediência não sairia impune.

    O líder toma todos os tesouros para si, após os vikings explanarem o quão fácil foi a invasão. Porém, Earl permite que cada um pegue um item apenas e, em meio a uma corajosa zombaria ao próprio líder, Ragnar escolhe levar o monge Athelstan como escravo. Tudo parte de seu plano para conseguir mais informações sobre os reinos do Oeste.

    A relação do viking e do monge vai além de dono e escravo, torna-se uma experiência de aprendizado mútuo das duas culturas. Entretanto, Lothbrok utiliza essas informações para conseguir convencer o líder a deixar que continue suas expedições. O líder permite com uma condição: que um homem de sua confiança vá com ele na viagem (no intuito de descobrir como Ragnar conseguiu sucesso em missões que nenhum outro havia conseguido antes).


    Com o novo integrante e Lagertha na tripulação – deixando a fazenda e as crianças aos cuidados de Athelstan – os Vikings voltam a navegar, desta vez para as terras do Rei Aelle. Lá, eles encontram soldados e, Ragnar, demonstrando sua inteligência, conversa na língua nativa que aprendeu com Athelstan. Porém, o encontro acaba em sangue e morte, com os nórdicos executando mais uma cena violenta.

     Duas coisas que valem a pena serem ressaltadas neste episódio: (1) o homem escolhido por Earl para ir na expedição fez com que eu gostasse, apenas por um momento, de Rollo. APENAS POR UM MOMENTO, que fique claro, ainda o odeio. E (2) Lagertha se mostrando ainda melhor e ainda mais poderosa.


    Vikings está me surpreendendo por melhorar a cada episódio e me levar cada vez mais para dentro da história. Ragnar está conquistando um inimigo poderoso e tudo leva a crer que a série ainda vai trazer muitas surpresas.

    Algo de interessante nesta série é que ela é inspirada/baseada em histórias e personagens reais, obviamente misturados a uma dose de ficção. O que me deixou curiosa para pesquisar mais a respeito dos Vikings.

    A série já possui quatro temporadas e foi confirmada para a quinta, que tem previsão de estréia para 2017.

    E você, já assistiu? Diz aí o que achou. 


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