E aí, galera?
Semana passada estreou a primeira série brasileira original
Netflix. Quem ainda não assistiu e está curioso vem que eu vou contar um
pouquinho sobre ela.
3% é um série distópica em que existem dois lugares bem
distintos: o Continente e o Maralto. Enquanto no Continente as condições de
vida são precárias e a população luta para sobreviver, no Maralto tudo é bem
desenvolvido e a qualidade de vida é bem alta.
Sendo assim, aos 20 anos os jovens do Continente tem a
oportunidade de melhorar de vida. O Processo, uma série de provas físicas e
psicológicas, seleciona os 3% que estão aptos a passarem para o outro lado. Em contrapartida, existe a Causa, uma espécie de "grupo rebelde" que não acredita no Processo e pretende lutar contra ele.
Episódio 1: Cubo
Tudo começa com os jovens se dirigindo para o local onde
ocorre o Processo. Logo aí já
conseguimos perceber a real situação do Continente, lugares imundos e mal
estruturados, realmente miseráveis. O próprio estado dos jovens também é de
assustar, a maioria com vestimentas rasgadas e sujas.
A primeira prova é, na verdade, uma entrevista que se mostra mais complicada do que se imagina e já é responsável pela eliminação de alguns
candidatos. E o Processo é algo tão importante e que traz tanta esperança para
aquelas pessoas, que lidar com a rejeição é bem difícil.
Os candidatos que passaram pela entrevista vão para a prova
do cubo. Nela, é preciso montar no mínimo 9 cubos com as peças disponíveis na
mesa. O que ninguém esperava é que um dos candidatos, Rafael, fosse jogar bem
sujo. E sim, podem esperar trapaças. Todo mundo está ali querendo passar e boa
parte vai fazer o que for preciso para conseguir.
E agora dois personagens que chamaram muito a minha atenção:
Aline e Ezequiel. Enquanto Ezequiel é o chefe da seleção, tem um temperamento
bem distinto e guarda alguns segredinhos, Aline é uma funcionária que foi
enviada até lá para avaliar o Processo e também tem seus interesses. Acredito
que ambos têm muito que revelar!
Sabem a Causa que citei acima? Pois é, eles se
infiltraram no Processo e duas personagens são tidas como suspeitas, mas é claro
que não vou revelar quais são por aqui.
Episódio 2: Moedas
No primeiro episódio Rafael se destacou por ter trapaceado
na prova, e o garoto continua aparecendo com um dos personagens mais difíceis
de conviver ali. Muitos não gostam dele e não os julgo por isso. Rafael é bem
sarcástico e está disposto a fazer de tudo para passar.
Aos poucos vamos conhecendo mais os personagens, temos a
Michele, que foi criada pelo irmão mais velho e que deseja de todo jeito passar
no Processo. E também o Fernando, um deficiente físico que crê firmemente em
seu sucesso na seleção.
E nesse episódio teremos duas provas: uma em que os
candidatos devem analisar uma cena em grupo e descobrir o que de fato aconteceu
ali, a prova exige bastante percepção e trabalho em grupo. E a prova da moeda, nela o grupo é trancado em uma sala com um saco com moedas. O intuito é eles
escolherem quem irá ficar sem uma moeda e desta forma sair da seleção. E eu fiquei chocada com o
resultado, juro que vocês vão se surpreender também!
E no meio de tudo isso, Ezequiel vai disfarçado para o
Continente, algo que aguça tanto a curiosidade de Aline quanto de quem está
assistindo. Qual segredo ele guarda?
Acredito que esse foi um dos episódios que mais gostei e já
vou explicar o porquê.
A prova desse episódio se passa em um corredor, os
candidatos são divididos em grupos (o mesmo que sobrou da prova da moeda) e
assim eles precisam atravessar o tal corredor.
Todos têm que chegar ao final dele no tempo permitido. O problema é que ele não é um simples corredor escuro, um gás é liberado e ele é responsável por trazer à tona vários medos e paranoias dos participantes. Acredito que a prova ajudou a mostrar as fraquezas e um pouco mais de cada um. Por exemplo, a Joana que é toda durona. Descobrimos mais sobre a vida difícil que ela teve e tivemos um ponto de vista diferente da personagem.
Todos têm que chegar ao final dele no tempo permitido. O problema é que ele não é um simples corredor escuro, um gás é liberado e ele é responsável por trazer à tona vários medos e paranoias dos participantes. Acredito que a prova ajudou a mostrar as fraquezas e um pouco mais de cada um. Por exemplo, a Joana que é toda durona. Descobrimos mais sobre a vida difícil que ela teve e tivemos um ponto de vista diferente da personagem.
E atenção para Ezequiel: ele se encontra com um garotinho!
Alguém aí aposta a relação entre eles?
No geral eu gostei bastante de 3%. Só tem uma coisa que me
incomodou muito: os diálogos. Alguns pareceram bem forçados e falsos. Porém, os temas
abordados constantemente, como desigualdade social e meritocracia, e a complexidade
dos personagens e curiosidade de saber do que eles realmente são capazes,
foram pontos muito positivos. Eu não sou tão chegada em distopias, mas confesso
que a série me agradou e quero muito a próxima temporada.
Animaram? E quem já viu, o que achou?