Oscar chegando e estou numa corrida frenética para assistir
ao menos os concorrentes da categoria de Melhor Filme. Um dos nove indicados é
Lion – Uma Jornada para Casa, filme adaptado do livro escrito por Saroo
Brierley: “A Long Way Home”. Saroo conta sua emocionante história, onde ficou
perdido por mais de vinte anos, até decidir que precisava reencontrar sua
família biológica. Essa busca vira uma obsessão e com a ajuda do Google Earth,
ele tenta refazer os passos de volta para sua casa.
Esse filme me tirou umas boas lágrimas, principalmente em
suas cenas finais. Mais ainda por eu não fazer ideia, antes de começar a
assistir, que era baseado numa história real. É emocionante, bem feito e com
boas atuações. Inclusive do pequeno Sunny Pawar, que é a já pode levar o Oscar
de criança mais fofa! Além de dar um show de atuação, é claro.
O longa é dividido em duas partes. Na primeira, Saroo nos
seus cinco anos de idade ajuda a mãe e o irmão, Guddu, a conseguir dinheiro e
comida para a família, que ainda conta com uma irmã mais nova. Um dia, Saroo
insiste para que o irmão o leve para trabalhar no turno da noite com ele. A
cena dele levantando a bicicleta e quase roxo pelo esforço, apenas para mostrar
que tem força é uma explosão de fofura, tanto para nós quanto para seu irmão
mais velho, que acaba cedendo e atendendo ao desejo do menino.
Quando chegam à estação de trem, Saroo está dormindo e Guddu
percebe que não foi uma boa ideia trazê-lo. Deixa o menino dormindo num banco e
fala para que ele não saia dali até ele voltar. Mas antes disso, Saroo acorda e
com a típica curiosidade infantil, entra num trem vazio para explorá-lo, porém,
acaba adormecendo e quando acorda novamente, o trem está em movimento. Por ser
uma linha desativada, o trem não para até chegar à caótica Calcutá, a 1.600km
de sua casa, onde o menino salta e procura desesperado por Guddu e por sua mãe,
sem sucesso. Detalhe, Saroo só falava Hindi e a maioria dessa parte da Índia falava em Bengali.
O pequeno passa por situações perigosas, desde traficantes
de mão de obra escrava/infantil e exploradores sexuais, de onde escapa apenas
por sua esperteza, apesar da pouca idade. Até chegar num orfanato horroroso,
mas que por sorte, não permanece por muito tempo, pois é adotado por um casal
australiano – interpretado por Nicole Kidman e David Wenham.
A segunda parte é com Saroo já adulto, interpretado por Dev
Patel – que ficou muito bem no papel, seguindo com sua vida, até que é atingido
por uma lembrança saborosa de sua infância e é então que começa a busca pela
sua família biológica. Com a ajuda do Google Earth, a pesquisa se torna um
pouco menos difícil.
Li algumas críticas a essa parte do filme, em que disseram
se tratar de um exagero da parte dos produtores, fazendo parecer mais uma
propaganda da Google, dando um destaque desnecessário à ferramenta de busca.
Eu, particularmente, não achei que foi tanto assim, o Google Earth foi
realmente essencial na vida de Saroo e acho que o diretor (Garth Davis) deu a devida
importância a isso. Se houve exagero ou não, já não tenho patente para dizer, mas a meu ver não foi um pecado muito grande. Também não achei que estereotiparam a pobreza da Índia,
acho que foi um retrato bastante verossímil do mundo de Saroo, ele vivia numa
pequena cidade e já trabalhava aos cinco anos, riquezas é que não caberia mostrar.
O que tive que concordar nas críticas lidas, foi em relação
a primeira parte ser mais bem resolvida e com um roteiro melhor trabalhado. Com
Saroo já adulto, a história começa a ser contada em flashes, que por vezes
ficam um pouco confusos, deixando certos detalhes de fora.
Apesar disso, o filme é muito bem feito, com grande destaque para a fotografia e atuações de Dev Patel, Sunny Pawar e Nicole Kidman no papel de Sue Brierly, mãe adotiva de Saroo. Lion foi feito para comover, nos tocar de forma singela, principalmente pela bravura de um leão mostrada em Saroo. E ainda possui o objetivo de alertar sobre o alto número de crianças perdidas na Índia e divulgar a causa humanitária que trata disso através do site “lionmovie.com”.
Apesar disso, o filme é muito bem feito, com grande destaque para a fotografia e atuações de Dev Patel, Sunny Pawar e Nicole Kidman no papel de Sue Brierly, mãe adotiva de Saroo. Lion foi feito para comover, nos tocar de forma singela, principalmente pela bravura de um leão mostrada em Saroo. E ainda possui o objetivo de alertar sobre o alto número de crianças perdidas na Índia e divulgar a causa humanitária que trata disso através do site “lionmovie.com”.
Lion – Uma Jornada para Casa concorre a seis categorias do
Oscar, incluindo Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Fotografia,
Melhor Trilha Sonora, Melhor atriz coadjuvante com Nicole Kidman e Melhor ator
coadjuvante com Dev Patel, o que é estranho, já que ele faz o papel do
protagonista adulto em mais da metade do filme. Talvez ele esteja nessa
categoria por razão de menor concorrência. Será que o longa leva alguma estatueta
para casa?
E por falar em Oscar, gostaria de convidar a todos para se
inscreverem no nosso canal no Youtube. No dia do Oscar (26 de fevereiro) faremos
uma live, comentando tudo da premiação, fazendo nossas apostas e nos divertindo
muito. Tudo AO VIVO! Se inscreve e vem assistir o Oscar com a gente!
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