A superação de J.K. Rowling

A mulher que deu a volta por cima e se tornou um ícone da literatura infanto juvenil 



E estava demorando para trazermos nessa coluna uma escritora que admiramos e que foi responsável por uma boa parte da dose de magia em nossas vidas, ninguém mais, ninguém menos que J.K. Rowling!
Pra começar Joanne Rowling nasceu no mesmo dia que eu, 31 de julho, só que de 1965. Ela é natural de Yate na Inglaterra e sempre foi amante da literatura.
A pedido dos pais, a jovem Joanne cursou Literatura Francesa na Universidade de Exeter, e por conta do curso Jo morou na França durante um ano. Voltando à Inglaterra, ela foi trabalhar na Anistia Internacional. Porém, em 1990, em uma viagem de trem de Manchester para Londres, a história de um garoto em uma escola de magia apareceu em sua mente e ainda com a vontade de realizar seu sonho de escrever, ela decidiu se mudar para Portugal em 1991.

"Nós não precisamos de mágica para transformar nosso mundo. Já temos o poder que precisamos dentro de nós mesmos. Nós temos o poder de imaginar o melhor." (Em discurso na Universidade de Harvard, em 2008.)

J.K. ficou por lá durante cinco anos e se casou com um português com quem teve sua primeira filha, Jessica. Nesse tempo, Jo revezava dando aulas de Inglês à noite e escrevendo em cafés pela manhã. Entretanto, o casamento não era dos melhores (e mesmo não sendo confirmado por ela, muitos biógrafos afirmam que ela sofreu violência doméstica) e Joanne se separou e foi com a filha para a Escócia.

- Os Desafios

E a vida da escritora não foi fácil, ela perdeu a mãe em 90, quando estava começando a escrever Harry Potter e muito do que o Harry sentia com a falta dos pais foi baseado nos sentimentos da própria autora.
Quando estava na Escócia, cuidando da filha sozinha, J.K.  foi diagnosticada com depressão e como se não bastasse o desgaste físico e emocional, a situação financeira também não estava boa e ela passou a depender de assistência social por um tempo. E mesmo em meio a tantos obstáculos Jo continuava escrevendo.

"O fundo do poço se tornou a base sólida na qual eu reconstrui a minha vida." (Em discurso na Universidade de Harvard, em 2008.)

Por fim, Harry Potter estava pronto e nada das editoras aceitarem o livro. Ao todo foram 12 recusas, mas quem disse que essa mulher desiste? Finalmente a Bloomsbury apareceu. E não pensem que tudo foram flores, Joanne não poderia usar seu próprio nome, pois eles achavam que o nome de uma mulher iria afastar os possíveis leitores. Foi então que ela assumiu o nome da sua avó, Kathleen, e o compôs a famosa abreviação J.K. Então, Harry Potter e a Pedra Filosofal foi lançado em julho de 1997 e toda a série fez de Jo a autora britânica com maior número de vendas.
Eu não irei me demorar falando do grande sucesso que foi e ainda é Harry Potter, creio que todos vocês têm noção e esse não é o propósito do post. O meu objetivo aqui é ressaltar a volta por cima da tia Jo e a força que essa mulher sempre teve.

Eu cresci com Harry Potter e durante todos esses anos eu aprendi com a saga inúmeras coisas que levo para o resto da vida. Mas, sem sombra de dúvida, o que eu aprendi com a história da J.K. é algo que sempre me inspira a continuar. Joanne não teve uma vida fácil, sofreu com a perda da mãe, teve um casamento difícil, lidou com a depressão, criou uma filha sozinha e ainda correu atrás para seu livro ser publicado. Ela acreditava nele, e toda a força de vontade e talento a tornaram um dos grandes nomes da literatura mundial.

Em 2001, Joanne se casou novamente e teve mais dois filhos, David e Mackenzie. Após a saga Harry Potter ser finalizada nos cinemas Jo lançou seu primeiro livro de drama adulto, Morte Súbita em 2012. Atualmente, além de se dedicar ao Pottermore (site interativo da saga) J.K. também está envolvida com sua nova série de romances policiais que estreou em 2013 com O Chamado do Cuco (sob o pseudônimo Robert Galbraith).


Eu sei que a vida não é fácil e que sempre encontramos momentos extremamente difíceis que nos fazem querer desistir. E quando isso acontecer, lembrem-se dessa mulher. Da persistência dela, da coragem e a paixão pela literatura. Joanne é a prova viva que podemos insistir, lutar por aquilo que acreditamos e mudar o rumo das nossas vidas.

Fotos: 1-2
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