Chegamos ao dia quatro e penúltimo dessa semana de divulgação. Hoje o post está super legal com uma entrevista mega divertida e interessante e algumas curiosidades sobre a história.
Sobre a autora: Nascida e criada no interior de São Paulo A.C. Nunes é autora de diversos romances; começou a escrever recentemente, no fim de 2013. Em 2015 lançou seu primeiro romance em formato físico pela Autografia Editora, um thriller de suspense intitulado 60 Horas. De lá pra cá, lançou alguns outros romances em formato E-book de forma independente na Amazon.
2017 é o seu ano de estreia em antologias, com os contos “Treze Almas”, na antologia Arquivos do Mal (Editora Coerência) e “Inferno Particular”, na antologia Linha Tênue (Andross Editora). É neste mesmo ano que publicará dois outros romances; “Amor à Segunda Vista” (Editorial Hope), e o thriller de terror “Hotel Califórnia” (Editora Xeque-Matte).
É ex-estudante de História, fã assumida de Edson e Hudson e Bradley Cooper, escorpiana, Deísta e mãe de duas lindas meninas.
Agora vamos à entrevista!
DNA: Oi, Amanda! Obrigada por essa entrevista e por essa
semana incrível de divulgação de ASV. Pode nos falar um pouco sobre como teve a
ideia do livro e como foi criá-lo? Quanto tempo levou para que ele ficasse
pronto?
Amanda: Olá, Carla! Eu que agradeço por essa parceria incrível com seu blog!
Amor à Segunda Vista foi uma adaptação de um amontoado de ideias que eu já
tinha em mente, ideias muito rasas e infantis, eu diria. Eu fui adaptando as
ideias, mudando uma coisa ou outra, mudei muita coisa, acrescentei e tirei
muito nesse processo até construir uma trama que eu pensei: Ah, agora tá ótimo!
Antes de começar a escrevê-la, eu me foquei em determinar os acontecimentos e
como a trama seria narrada e desenvolvida, e isso demorou um pouco até firmar o
que eu realmente queria contar da história de Alfredo e Lívia. Eu devo ter
levado por volta de 8 a 9 meses pra escrevê-lo a primeira vez. Depois de um
tempo, o livro passou por uma revisão muito drástica da minha parte. De
repente, algumas coisas não estavam mais me agradando na forma como eu contei a
história. O enredo estava ótimo, a narrativa que me desagradava. Então eu
resolvi reescrevê-lo. Isso levou mais uns dez meses.
DNA: Uma curiosidade minha:
você ficou com raiva de escrever as cenas do Alfredo? Porque eu tenho vontade
de esganá-lo por alguns dos pensamentos e atitudes que ele tem.
Amanda: Na verdade,
não hahaha. Eu até gostei de escrever aquelas cenas porque era exatamente isso
o que eu queria despertar no leitor. Eu acho que já tem livros demais em que o
mocinho, mesmo sendo um cafajeste, conquista logo de cara. Eu queria que os
leitores odiassem o Alfredo antes de amá-lo. Acho que consegui.
(Conseguiu mesmo, mas eu ainda estou na parte do ódio mesmo)
DNA: Como você
descobriu que queria ser escritora?
Amanda: Na verdade, eu sempre gostei dessa parte
da escrita, sempre tive certa intimidade com ela. Na escola, eu adorava as
produções de texto, resenhas críticas e redações. Na época, também escrevia
versos bobinhos que a maioria das adolescentes deve escrever rs. Eu sempre
gostei muito dessa parte, mas a coisa toda só tomou proporções maiores quando
decidi escrever meu primeiro livro.
Amanda: A vantagem com certeza é poder criar o que
quiser, ir ao passado, ao futuro, criar um personagem humano, um deus, um anjo,
um extraterrestre. Na escrita, você pode criar os enredos que quiser, e sério,
isso é muito incrível, fugir da realidade é algo libertador. A desvantagem eu
acho que ser escritor é uma profissão muito desvalorizada, principalmente no
Brasil. Além do mais, sempre aparece aquele parente te pedindo pra colocar um
personagem com o nome dele ou um livro de graça. hahah
DNA: De todos os
personagens de ASV, qual o seu favorito? Por quê?
Amanda: Alfredo, claro. HAHAHA
(novidade). Porque o acho um personagem incrível em todos os aspectos. Mesmo
quando ele é um belo (põe belo nisso) de um babaca e quando a vida dele começa
a mudar também. Ele vai de um extremo ao outro, uma mudança muito radical,
mesmo. E ele surpreende, para o bem e para o mal (risadas maléficas ~isso foi uma edição minha), durante a história.
Mas amadurece muito também.
DNA: Conta um pouco pra gente como foi o processo de
publicação?
Amanda: Eu conheci a Editorial Hope pelo Facebook, através de uma
escritora que tenho como amiga, e eu sempre a via publicando sobre o livro que
estava lançando por essa editora. Fui procurar saber, enviei o original e
recebi uma proposta bacana (é uma editora paga). Depois que assinei o contrato,
estive envolvida durante todo o processo, revisão, diagramação. A Jéssica, dona
da Hope, me deixou o tempo todo a par da publicação do livro.
DNA: Você já
escreveu outros livros em diferentes estilos. Fale um pouco sobre eles.
Amanda: Tem
o 60 Horas, que é um suspense, e narra a história de um sargento que precisa
conseguir um resgate exorbitante para a esposa sequestrada. Contrato de
Casamento e Contrato de Casamento 2 são dois romances que tem como premissa o
casamento por conveniência; o segundo é um spin-off, e não uma continuação, tem
o mesmo enredo, mas é mais cheio de segredos e revelações. Aí tenho mais duas
continuações de Amor à Segunda Vista e um spin-off da trilogia que se chama
Amante Improvável, que narra a história do Henrique (não me aprofundo mais pra
não dar spoiler ahhaha). Por fim, tenho o Hotel Califórnia que é meu primeiro
livro de terror e será lançado ainda esse ano pela Xeque-Matte. Nesse terror,
um grupo de amigos pernoita num hotel, mas acabam vivenciando mortes terríveis
sem saber se estão lidando com uma entidade sobrenatural ou um psicopata.
DNA: Além de romances, você já escreveu suspense e terror, certo? O que você faz de
diferente na hora de escrever diferentes gêneros? E o que você prefere
escrever?
Amanda: Em cada gênero eu preciso prender o leitor de uma forma diferente,
mas acabo usando a mesma técnica, eu acho, que é soltar as informações aos
poucos. Por exemplo, em ASV3 tem um personagem que parece ter caído de
paraquedas na trama, mas eu revelo, uns capítulos à frente, quem é ele e a
importância que traz pra história. Eu poderia dizer quem era logo quando
apareceu, mas eu gosto de pegar o leitor de surpresa, de instigá-lo.
No 60 Horas tem uns flashbacks que também parecem alheios à história central, mas o desfecho mostra a importância dele. Eu distribuí os capítulos paralelos ao longo da trama, quando eu poderia ter feito só um ou dois capítulos sobre. Outra vez, eu quis manter o suspense e também quebrar um pouco da adrenalina da história central, que desperta e deixa o leitor em alerta.
Já no Hotel Califórnia, eu usei uma técnica diferente e estou muito ansiosa pra ter um feedback dos leitores sobre como estruturei a história, quero muito saber se alcancei o planejado. Nela, eu narro sob uma perspectiva em que o leitor se deixa levar e acaba achando que sabe o que está acontecendo na trama. Eu vou soltando informações na narrativa e levo o leitor a sacar os acontecimentos. Mas no desfecho, eu mudo a perspectiva da narrativa, e faço dois plot-twist bem no finalzinho que vai pegar o leitor de surpresa.
Acho que um dos aspectos que eu mudo na narrativa de um gênero pra outro são apenas as sensações; no suspense, quero adrenalina, no terror, quero medo e tensão, no romance, quero emoção e amor.
No 60 Horas tem uns flashbacks que também parecem alheios à história central, mas o desfecho mostra a importância dele. Eu distribuí os capítulos paralelos ao longo da trama, quando eu poderia ter feito só um ou dois capítulos sobre. Outra vez, eu quis manter o suspense e também quebrar um pouco da adrenalina da história central, que desperta e deixa o leitor em alerta.
Já no Hotel Califórnia, eu usei uma técnica diferente e estou muito ansiosa pra ter um feedback dos leitores sobre como estruturei a história, quero muito saber se alcancei o planejado. Nela, eu narro sob uma perspectiva em que o leitor se deixa levar e acaba achando que sabe o que está acontecendo na trama. Eu vou soltando informações na narrativa e levo o leitor a sacar os acontecimentos. Mas no desfecho, eu mudo a perspectiva da narrativa, e faço dois plot-twist bem no finalzinho que vai pegar o leitor de surpresa.
Acho que um dos aspectos que eu mudo na narrativa de um gênero pra outro são apenas as sensações; no suspense, quero adrenalina, no terror, quero medo e tensão, no romance, quero emoção e amor.
DNA: Tem algum projeto em andamento que possa falar pra gente?
Amanda:
Tem, sim. Atualmente estou trabalhando em dois romances completamente
distintos. Leon Hoffman, Indomável Vingança, vai falar sobre um fazendeiro em
busca de recuperar as terras que lhe foram tomadas e de vingança (escorpiano só
escreve sobre vingança, sorry ahaha). Nesse romance vai ter muito segredo,
mentiras, manipulações e um romance entre o protagonista e uma moça bem mais
jovem do que ele e de quem ele esconde a verdade sobre os pais biológicos dela
por causa dos seus segredos do passado. O segundo romance, No Ritmo do Amor, é
sobre um guitarrista que está passando por uma fase muito turbulenta e
traumática na vida pessoal e isso reflete na sua vida artística. Também tem
segredos, mas é uma trama com bem menos informações a serem reveladas, digamos
assim. Haha. Esse último, inclusive, eu me inspirei num conto que eu escrevi
para a antologia “Playlist – Contos Musicais”; o conto foi aprovado, só pra
vocês saberem rs.
DNA: Por fim, deixe um recado para seus leitores, para quem
está começando e sonha em publicar um livro e o que mais você quiser falar.
Amanda:
Aos leitores, quero agradecer muito por confiarem no meu trabalho e darem uma
chance às minhas histórias. A quem sonha em publicar um livro, tenha paciência
e sempre, sempre tente amadurecer enquanto escritor. E pra finalizar, eu
queria, de coração, agradecer por essa entrevista, Carla. Foi muito bacana.
Amei, de verdade.
Pergunta extra: Você escreveu o Alfredo pensando no Bradley Cooper ou só escolheu depois?
Amanda: Escrevi me inspirando nele. Aquele homem tem uma cara de cretino (risos).
***
Eu que agradeço de todo o coração, Mandy haha. Eu adorei suas respostas e me diverti muito lendo. Obrigada!
Veja também: Entrevista com Lu Evans
Eu que agradeço de todo o coração, Mandy haha. Eu adorei suas respostas e me diverti muito lendo. Obrigada!
Veja também: Entrevista com Lu Evans
Curiosidades
- O personagem Alfredo Hauser foi inspirado em outro personagem de mesmo nome. Quem não se encantou com a história de Alfredo Rockfield e Milla Lopes, de Pícara Sonhadora? A autora do livro assistiu todas as vezes que a novela foi televisionada no SBT e é simplesmente apaixonada pela trama.
- O livro foi publicado no Wattpad, mas depois retirado para ser completamente reescrito. Com uma trama e uma escrita mais amadurecida, a autora deixou o livro mais instigante e emocionante, lançando-o posteriormente na Amazon.
- O livro estava engavetado, com alguns capítulos no Wattpad. Graças a uma leitora, hoje uma das melhores pessoas na vida da autora, o livro foi finalizado — e depois reescrito. Com certeza, se não fosse por esse incentivo, a trilogia não existiria.
- Inicialmente, Amor à Segunda Vista seria uma duologia. Mas a autora criou um enredo para um terceiro livro para que pudesse trabalhar mais a relação de Alfredo com outros personagens, como o irmão, e com a própria Lívia, mostrando-o um homem completamente amadurecido e diferente do Alfredo primeiro livro.
- Em Amor à Segunda Vista, Alfredo tem uma cafeteria em sociedade com o melhor amigo, Bernardo. Curiosamente, a autora já teve dois patrões donos de uma chocolataria e cafeteria que eram sócios e se chamavam Alfredo e Bernardo; isso aconteceu quando ela já estava escrevendo o segundo livro da série.
Eu realmente fiquei chocada com essa última curiosidade, e vocês? haha
Se quiser comprar Amor à primeira vista, ele se encontra em pré-venda e você pode adquirí-lo com a própria autora: Compre Amor à Primeira Vista.
Siga a autora e saiba mais sobre seus trabalhos em suas redes sociais:
Amanhã é o grande lançamento e tem primeiras impressões pra vocês saberem o que achei, afinal, desse tal cretino.
Até amanhã!