Nome: A Velha do Tempo | Autor: L.L. Alves | Gênero: Contos/Ficção | Editora: Independente | Ano: 2017 | Páginas: 41Sinopse: Sorrir ou chorar? Lutar ou correr? Apesar de nunca terem dito que ela tinha a capacidade de vencer todos os obstáculos e ser a heroína de sua própria história, Elisa fará de tudo para tirar o feitiço que a Velha do Tempo lançou sobre seu mundo. Numa trajetória de aprendizado e conhecimento, a menina de doze anos aprenderá sobre aceitação, coragem e amor. Mas cuidado: ao adentrar o Mundo Reflexo, nada mais será como antes.Com um enredo que remete às fábulas, a autora aborda temas presentes na vida de crianças, jovens e adultos. Os leitores perceberão que os desafios vivenciados por Elisa não são tão diferentes daqueles enfrentados por eles mesmos. Afinal, encarar o reflexo que nos fita no espelho é a batalha mais árdua de se vencer.Trecho Preferido: "O divergente assusta. O incomum é estranho. O inusitado intimida"
Para qualquer pessoa que me pede indicação de livro, eu
sempre acabo citando a L.L. Alves, que além de ter se tornado minha amiga, eu
realmente sou muito fã dela e de tudo que ela escreve. Li um conto recente de sua autoria, chamado A Velha do Tempo e é maravilhoso. Um pouco clichê, é verdade, mas como
eu sempre digo: um clichê bem feito aquece nossos coraçõezinhos.
A Velha do Tempo é um conto de leitura rápida e com
referências às fábulas infantis. Senti muita influência de Alice,
principalmente. Além disso, o conto traz algo típico da autora: reflexão sobre
aceitação e críticas sociais. A marca de L.L. Alves, em minha opinião, é o
desenvolvimento que ela faz com os personagens durante a história, focando numa
escrita introspectiva do personagem, que acaba crescendo e aprendendo durante a
narrativa.
"— Deixe o passado onde ele merece estar, criança: no passado."
Veja a resenha de outros livros da autora aqui no blog: Mudanças e Instituição para Jovens Prodígios - A Seleção
Elisa é nossa protagonista. Uma criança negra de doze anos e
com um passado que ainda a atormenta. Ela é insegura, impulsiva e se autossabota
o tempo todo. Até que um dia, no colégio, ela vê uma senhora através do espelho
do banheiro, mas a velha não estava realmente lá. Quando ela sai, percebe
que seu mundo está paralisado no tempo, como se um feitiço tivesse o atingido.
Enchendo-se de coragem, por ser a única que não fora afetada pela magia, ela
volta ao banheiro para enfrentar a velha, a quem ela creditava esses
acontecimentos. Entretanto, ela acaba sendo tragada para dentro do espelho,
indo parar num mundo um tanto quanto esquisito e lá ela começa uma aventura que
a fará aprender lições sobre si mesma.
"Que sempre exista alguém que nos impeça de cair, não é mesmo?"
Numa clássica jornada do herói, L.L. Alves nos faz refletir sobre preconceitos, aceitação e sobre julgar a dor do outro. Algo extremamente atual nesse mundo onde tudo é baseado nas próprias experiências, sem considerar as diferenças. Nunca devemos colocar no outro os nossos limites, pois nem sempre eles serão iguais. O que você aguenta pode ser demais para seu próximo.
"Será que ela reclamava mesmo à toa, como as duas tinham comentado, ou eram as pessoas que não sabiam respeitar a dor alheia?"
Com referências e utilizando-se de alguns clichês, L.L.
Alves nos proporciona um conto cheio de reflexões. Indico para qualquer pessoa
de todos os nichos, lugares e ideologias, pois é uma obra que trata de algo que
o mundo precisa: empatia.
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