Mary Shelley |
Hoje é dia de fazer um Cariótipo, a autora da vez é Mary Shelley! Veja também cariótipos de outros autores que já fizemos por aqui: Raphael Draccon, Neil Gaiman e Eduardo Spohr.
Mary Wollstonecraft Shelley nasceu em Londres em 30 de
agosto de 1797. Filha do filósofo William Godwin e da escritora Mary
Wollstonecraft, que morreu apenas onze dias depois de dar à luz a Mary. Ainda
que não tenha conhecido sua mãe, Mary cresceu sabendo de sua existência e de seu
legado, sendo considerada uma das pioneiras do movimento feminista. É autora da obra "Defesa dos Direitos
das Mulheres”, publicada em 1790. Além da mãe feminista, Mary também tinha um
pai que sempre a motivava. Foi criada por ele num ambiente que a proporcionou
liberdade e incentivo intelectual, convivendo com nomes como Henry Hazlitt,
Charles Lamb e Samuel Coleridge.
"O mundo era para mim um segredo que eu desejava decifrar. Entre as mais antigas sensações de que posso me lembrar estão a curiosidade, a pesquisa dedicada para aprender as leis ocultas da natureza e uma felicidade equivalente ao júbilo quando elas se revelam a mim."
Aos dezessete anos, em 1814, Mary conheceu um poeta chamado Percy
Bysshe Shelley e os dois se apaixonaram, fugindo juntos ainda no mesmo ano. Um
pequeno detalhe: o poeta já era casado quando começou a namorar Mary, ainda que
viesse se afastando da esposa e da família por questões ideológicas. Por Percy
ser casado e mais velho (22 anos), talvez, o pai de Mary não aprovava o
relacionamento dos dois. Algum tempo depois, a primeira esposa de Percy foi
encontrada morta com suspeitas de suicídio. Após o ocorrido, Percy e Mary
decidem se casar.
Percy Shelley |
O casal vai passar um feriado na Suíça e lá encontram Lord
Byron, com quem começam uma discussão acerca do sobrenatural. É então que surge
a ideia de competição entre eles: quem escreveria a melhor história de terror?
"Para examinar as causas da vida, precisamos primeiro entender a morte."
A partir daí, Mary, aos dezenove anos, começa a escrever a
história de horror gótico que faz sucesso até hoje: Frankenstein. Ou O prometeu
moderno. No início, os críticos falaram muito mal de sua obra (principalmente
por ser um livro escrito por uma mulher), mas o público recebeu o romance muito
bem, especialmente depois da adaptação para o teatro. Mary tornou-se uma
escritora bem sucedida ainda em vida, transformando-se numa das precursoras da
ficção científica.
Esse ano, Frankenstein completa seu bicentenário e para
comemorar e homenagear essa incrível autora, estamos organizando uma leitura
conjunta de seu romance mais famoso.
A Leitura Conjunta vai funcionar da seguinte forma:
Início: 28 de abril
Término: 26 de maio
Discussões aos sábados:
- 5 de maio - Prefácio, cartas e capítulos 1-3
- 12 de maio - Capítulos 4-11
- 19 de maio - Capítulos 12-19
- 26 de maio - Capítulos 20-24 e última carta
Quem quiser participar, já criamos o grupo no whatsapp, só entrar aqui!
OBS: SÓ ENTRE SE FOR PARTICIPAR DAS DISCUSSÕES!
Mary Shelley, sem dúvida, foi uma escritora incrível e uma
inspiração para muitos depois dela. Apesar de ter a vida marcada por tragédias –
deu luz à quatro filhos e apenas um sobreviveu, seu marido Percy também morreu
jovem, aos 29 anos, num naufrágio, além da morte precoce de sua mãe – Mary foi
muito bem sucedida em sua carreira e focou em sua escrita até o dia de sua
morte, em fevereiro de 1851, aos 53 anos, por um câncer cerebral.
Mary Shelley |
Mary Shelley também escreveu outros livros além de Frankenstein, como: Mathilda, The Last Man, Valperga, Lodore e Falkner. E inspirou muitos filmes posteriormente, um dos mais recentes foi Victor Frankenstein, com James McAvoy (♥) e Daniel Radcliffe (♥) nos papeis principais, uma pena os críticos não terem gostado muito. Outra produção inspirada no romance mais famoso de Shelley foi As Crônicas de Frankenstein, onde um detetive investiga uma série de crimes em Londres durante o século XIX e esses crimes podem ou não ter sido cometidos por um cientista que tenta reviver os mortos. (Sinopse do Adoro Cinema). Teve também referência ao monstro na série Penny Dreadful e uma suspeita minha é que Gasparzinho também tenha influência de Frankenstein, já que o pai de Gasparzinho criou uma máquina para reviver os mortos (depois que eu ler o livro eu confirmo ou descarto essa suspeita rs).
“Se eu não posso provocar compaixão e amor, então, eu vou provocar o terror.”
Pelo que eu vi, também estão produzindo uma cinebiografia da autora, com Ellie Fanning no papel de Mary Shelley e Douglas Booth de Percy Shelley. Contando ainda com Maisie Williams e Bel Powley no elenco. Ainda não possui uma data de estreia.
Eu ainda não li nada da autora, mas já estou ansiosa pela
leitura de Frankenstein e outras de suas obras, pois já estou fissurada por sua
própria história de vida. Espero que tenham gostado desse Cariótipo e não
deixem de comentar autores que vocês gostariam que falássemos por aqui! Ah,
participem da nossa leitura conjunta também!
“Então vem sempre aquela voz me dizer que: O começo é sempre hoje.”
Adquira seu exemplar da Darkside aqui:
Fontes: Ideia Fixa - Nexo Jornal - Estante Virtual - InfoEscola - Omelete
Fotos: 1 - 2 - 3
Claro que vou participar, apesar de já ter lido este clássico será incrível poder reler e compartilhar com vocês minhas impressões. Pena minha edição não ser esta maravilhosa da Darkside, mas ok vai dar para interagir. Beijos
ResponderExcluirhahaha que ótimo! Não tem problema ser de outra edição, todas são bem vindas, a gente colocou na leitura conjunta o que tem em todas as edições, mas a Darkside arrasa mesmo né? rs Vale a pena ter essa edição!
ExcluirBeijos! E obrigada por participar ♥