Entrevista: Louise Soares, autora de O Cavaleiro Verde


Oi, gente! Hoje venho trazer a entrevista com a autora de O Cavaleiro Verde, cuja resenha foi feita lá no canal e ainda sorteamos um exemplar autografado.

Sobre a autora: Louise Soares é natural do Rio de Janeiro e formada em jornalismo pela UFRJ. Ela já morou na Dinamarca e de lá - além de outras viagens que fez - saíram várias inspirações para O Cavaleiro Verde. É apaixonada pela leitura e ainda mais pela escrita e desde a adolescência escreve, não parando desde então.


DNA: Oi, Louise! Obrigada por aceitar dedicar um tempinho do seu dia para responder a gente. Pode começar falando um pouco sobre você e do por que decidiu escrever um livro?

Louise: Eu tenho 29 anos e sou carioca. Sou formada em jornalismo pela UFRJ e, neste ano, conclui um mestrado Erasmus Mundus em jornalismo financeiro e de negócios pela Aarhus University, na Dinamarca, e pela City University de Londres, na Inglaterra. Atualmente, sou trainee em um grande jornal de São Paulo.
Já morei nos Estados Unidos, na Dinamarca e na Inglaterra e viajei por vários países da Europa – Portugal foi o meu preferido.
Desde a adolescência, meu sonho é ser escritora e jornalista – escrevi meu primeiro romance no ano do vestibular. Eu sempre gostei de ler e, mais ainda, de contar e criar histórias. Então, não consigo pensar em uma época da minha vida em que escrever não era uma meta.

DNA: O Cavaleiro Verde é sua primeira publicação. Como foi seu processo de escrita? Em quanto tempo você o finalizou?

L: O “Cavaleiro” foi o meu primeiro romance publicado, mas, antes dele, lancei um livro infantil também, chamado “Princesas do Brasil e Outras Histórias”. Era um território conhecido, mas ao mesmo tempo um formato novo.
Levei cerca de seis a oito meses para escrever o “Cavaleiro” Comecei com uma versão e, depois, dei um tempo e retomei a história, já com outras ideias.
Durante o processo, dois livros me ajudaram muito a dar forma à história: “O Herói de Mil Faces”, de Joseph Campbell, e “A Jornada do Escritor”, de Christopher Vogler. O primeiro é a o trabalho de um pesquisador americano que mapeou a estrutura de histórias mitológicas. O segundo livro parte do trabalho de Campbell para explicar as narrativas de filmes e livros contemporâneos. Os dois me ajudaram a construir a história de uma forma mais estruturada e, depois que comecei, foi um processo bem rápido e natural.

DNA: Já quis mudar algo no livro depois dele ser publicado?

L: Tenho vontade de reformular algumas partes e acrescentar alguns detalhes a mais, especialmente depois de tudo que vi na Europa- os castelos, as armaduras, as paisagens. Também tem uma personagem que eu gostaria de dar mais destaque pelo potencial que ela poderia ter na história como uma antagonista.

"(...) Dentro, estava uma capa de tecido verde com capuz, em cujo verso lia-se a inscrição: "Perante tirano algum me curvarei". Palavras perfeitas para o Cavaleiro Verde."
- Trecho de O Cavaleiro Verde.

DNA: Eu vi certa semelhança da história com Mulan. Teve alguma inspiração nela ou em alguma outra personagem na hora de criar a Alexandra?

L: Adoro a história da Mulan desde pequena, mas preferi não me apoiar muito nela e construir a própria trajetória da Alexandra. Procurei escrevê-la em um equilíbrio entre uma atleta de ponta e uma rainha, dois cargos com muita exigências e cobranças, tanto externas quanto internas.
Também pensei em heroínas da vida real, como Joana D’Arc e Maria Quitéria, que tiveram que se disfarçar para lutar por seus países.
Outros personagens surgiram de arquétipos do mundo do esporte: o herdeiro de um legado vitorioso que quer seguir o próprio caminho, o bad boy que todo mundo ama odiar e o azarão que tenta escapar de uma “sina” familiar.

DNA: O que você acharia se seu livro tivesse uma adaptação? Acha que funcionaria melhor como série ou filme?

L: Nossa, seria incrível! Dá até arrepio de pensar, haha.
Ambos os formatos funcionariam bem. Como o livro é marcado pela cronologia do Torneio, a história tanto pode ser dividida em episódios quanto contada em um só fôlego.

Louise numa praia em Aarhus - Dinamarca

DNA: Qual seu personagem favorito de O Cavaleiro Verde e por quê?


L: Eu gosto muito do casal principal, Alexandra e Logan. Os dois são personagens fortes e tem a sua própria história, independente um do outro, mas ficam mais interessantes quando estão juntos. Sem falar que dá para colocar um pouco de humor nas primeiras cenas deles juntos, quando ela finge ser outra pessoa.
Também gosto do casal Connal e Elisa e da dinâmica deles do príncipe que se apaixona por uma plebeia. O Gabriel também é bem divertido de escrever, com toda a empolgação pelo Torneio e pelo Cavaleiro Verde.

DNA: E quem são os autores que te inspiram a escrever?

L: Sou da geração Harry Potter, então tenho que começar com a J.K. Rowling. Também sou muito fã de clássicos como Jane Austen, Alexandre Dumas e Victor Hugo. E sou apaixonada por mitologia grega e contos de fadas – fui duas vezes ao museu do Hans Christian Andersen (autor de A Pequena Sereia e O Patinho Feio) em Odense, na Dinamarca e quero voltar em 2020 quando o museu for estiver reformado.

DNA: Como é sua relação com outros escritores nacionais? E com os leitores?

L: Não tenho muito contato com outros autores nacionais, mas adoraria trocar ideias. E ainda estou começando a encontrar meus leitores. Fico emocionada quando recebo alguma mensagem. É muito importante saber que as minhas histórias são capazes de emocionar alguém. É como se elas ganhassem vida própria.

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DNA: Tem algum projeto para o futuro? Alguma continuação para O Cavaleiro Verde (por favor!) ou algo completamente novo?

L: Estou escrevendo uma nova história, que devo concluir em breve, e tenho mais ideias para colocar no papel – entre elas uma continuação para “O Cavaleiro Verde”.

DNA: Para finalizar, deixe um recado para seus leitores, um conselho para quem está começando e sonha publicar um livro e o que mais você quiser falar.

L: O escritor não existe sem o leitor. Muito obrigada por embarcarem na minha história e ajudar a tornar meu sonho de escrever uma realidade.
Para quem pensa em escrever um livro, meu conselho é: leia muito e viva muito. Suas leituras vão te ajudar a moldar sua forma de contar histórias; suas vivências vão te ajudar a guiar as emoções dos seus personagens, seja na mesma direção ou por caminhos opostos. Ah, e sempre carreguem um caderninho na bolsa. A inspiração é uma dona meio malcriada e não tem hora nem lugar para te visitar.

Saiba mais sobre a autora:
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E aí, gostaram da entrevista? Já conhecia a Louise ou conheceu agora? Diz aí o que achou!

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