Hey you! Tudo bom?
Eu comecei a assistir Penny Dreadful, que não é uma série
muito nova, mas eu só fui assistir agora. Vi os três primeiros episódios e
trouxe aqui para vocês as minhas primeiras impressões.
Penny Dreadful é uma série de terror, criada por John Logan, que se passa na época
Vitoriana. A história conta com personagens marcantes da literatura, como
Frankenstein, Drácula e Dorian Gray. O enredo junta personagens históricos com
toques de sobrenatural e uma aura sombria e de mistério.
Uma curiosidade sobre o título da série é que penny dreadfuls era o nome dado a certo tipo de publicação britânica na época
vitoriana. Folhetos ou revistas impressos com contos de terror sinistros eram
vendidos a preço popular pelas ruas da Grã-Bretanha. Li um texto ótimo sobre
isso, se alguém quiser saber mais. Era algo parecido com as lendas urbanas. E a
série tem toda essa pegada de terror de submundo, que ninguém sabe dizer o que
é verdade e o que não é.
Sem mais delongas, vamos aos episódios!
Episódio Um: Night Work
Como de praxe nos primeiros episódios, este serve para situar o telespectador acerca dos personagens e da proposta da série. Na ideia dos penny dreadfuls que citei acima, a série inicia com o clima sombrio das ruas de Londres e com nomes já conhecidos por nós, como o Dr. Frankenstein. Temos novos personagens também, um deles é Ethan Chandler (Josh Hartnett), um americano que veio a Londres com um circo, demonstrando suas habilidades com um revólver. Ele é o típico galanteador que se mete em confusões por se envolver com mulheres comprometidas.
Também temos o ricaço Malcon Murray (Timothy Dalton) e a sombria Vanessa
Ives (Eva Green), que juntos, empreendem uma busca pela filha de Malcon, Mina (Fern Deacon), que foi
capturada por seres sobrenaturais desconhecidos até então. Vanessa procura pela
ajuda de Ethan, a fim de que ele os ajude na busca por Mina. E no final também
temos a inclusão de um jovem médico pesquisador que se revela o próprio Dr.
Frankenstein (Harry Treadaway), mas não é surpresa para ninguém, ao menos para quem conhece a
história de Mary Shelley. Desnecessário o suspense feito sobre a identidade
dele.
Vemos um bom trabalho em todos os aspectos da produção –
maquiagem, figurino, fotografia, trilha sonora – e podemos sentir o que a série
irá nos trazer. Um episódio cheio de mistérios, sem revelar muito, mas
prometendo um desenvolvimento maior no decorrer da série.
Episódio Dois: Seánce
O quarteto continua com a busca por informações sobre os vampiros e podemos conhecer um pouco mais dos personagens, além de sermos apresentados a outros. Ethan conhece a simpática prostituta Brona Croft (Billie Piper, nossa eterna Rose, de Doctor Who), que ao contrário dos outros personagens da série, está sempre com um sorriso no rosto, mesmo com uma situação de vida difícil e tendo tuberculose. Outro personagem introduzido neste episódio é Dorian Gray (Reeve Carney). Assim como todos os outros, ele também demonstra sua dose de mistério, mas também acrescenta erotismo a série com toda a sua atitude hedônica.
Sir Malcon e Vanessa são convidados pelo especialista Sr.
Lyle (Simon Russell Beale) para uma festa. Lá ela conhece Dorian e eu estou curiosa para saber qual
será a importância dele na trama principal. Nesta festa, vemos o talento de Eva
Green se destacar no momento em que sua personagem participa de uma mesa onde
Madame Kali (Helen McCrory, a Narcisa de Harry Potter), uma paranormal, diz que irá conversar com espíritos, mas quem é
possuída é Vanessa e, neste momento, Eva exibe sua maestria na atuação. Além de
ser uma cena muito interessante, revelando alguns podres de Sir Malcon.
Paralelamente, vemos Victor Frankenstein com sua criatura, nomeada
como Protheus (Alex Price), ensinando-o a falar e a se comportar. É interessante demais ver
Protheus encantado com tudo, aprendendo e se tornando humano novamente. Imaginem
meu espanto quando ao final do episódio, uma mão surge no peito de Protheus,
separando seu corpo em dois. Atrás dele, o monstro de Frankenstein, deixando em
nós a curiosidade: quantos seres Victor precisou criar até chegar ao ideal que
seria Protheus?
E na busca por respostas, Sir Malcon vai até Sr. Lyle para
saber sobre os hieróglifos encontrados no corpo de um dos vampiros encontrados
no primeiro episódio. A descoberta envolve deuses da mitologia egípcia e um
prenúncio do nascimento do mal e da destruição do homem. Episódio sensacional!
Episódio Três: Ressurrection
Aqui nós podemos entender mais do que aconteceu no final do episódio dois. O monstro foi o primeiro ser criado por Victor e foi rejeitado por ser “defeituoso”, o que causou revolta na criatura. O primogênito de Victor veio buscar sua vingança e fazer um pedido especial a quem ele chama de pai. Para quem conhece a história original, pode imaginar que pedido é esse.
Esse episódio é quase totalmente focado em Victor e em sua
criatura. Podemos conhecer mais da infância do médico e entender todo o seu
interesse na compreensão e manipulação da vida e da morte. Mas também podemos
acompanhar e compreender melhor os outros personagens. Descobrimos que Vanessa
tem o dom da visão e algo mais. Vemos o envolvimento de Ethan e Brona e sua
integração oficial ao grupo de busca por Mina.
Além disso, vemos que a história tem grande influência da
mitologia egípcia, estou bem curiosa, pois não conheço muito dessa mitologia. O
grupo consegue capturar uma criatura sinistra que chama Amon (rei dos deuses) de
mestre.
***
Veja também: Um, dois, três e... The Alienist!
Agora é continuar assistindo para saber o que acontece, mesmo ela tendo sido cancelada, pelo que eu vi, teve um "final" e isso me animou para continuar. O primeiro episódio não me prendeu tanto, mas o segundo é estupendo, assim como o terceiro e estou ansiosa por mais. Penny Dreadful é uma série que mistura personagens já conhecidos com outros novos, numa ambientação perfeita e bem coerente com o que propuseram. Tem um elenco de peso, trilha sonora bem feita e um enredo, no mínimo, interessante. E eu descobri que existe uma HQ da série, quem tiver interesse, tem o físico e o e-book!
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