[Resenha] Hotel Califórnia, da A.C. Nunes

Nome: Hotel Califórnia | Autora: A.C. Nunes | Gênero: Terror| Editora: Xeque-Matte| Ano: 2017 | Páginas: 228
Sinopse: Álvaro Klein e sua esposa reúnem alguns amigos para passarem o feriado prolongado de Corpus Christi em sua casa de veraneio, no interior do estado. Por causa de um problema mecânico no carro, eles se veem obrigados a pernoitar no Hotel Califórnia — uma imponente e luxuosa construção no alto da montanha, afastado de tudo e de todos. Enquanto seu meio-irmão, Philip, viaja até a cidade mais próxima em busca de ajuda, o restante do grupo aproveita as mordomias oferecidas pelo estabelecimento. Mas, quando um deles morre brutal e misteriosamente, o pânico toma conta do ambiente. A polícia é acionada, e todos são impedidos de deixarem o local para que possam prestar esclarecimentos sobre o crime. E é aí que a noite deles se torna a mais aterradora de suas vidas.
Em meio a eventos sobrenaturais, Álvaro e seus amigos presenciam morte atrás de morte. Enquanto tentam de todas as maneiras preservar suas vidas, surge a eterna dúvida se o grupo está lidando com um assassino cruel e psicopata ou alguma entidade sobrenatural enfurecida com suas presenças.

Hotel Califórnia é um livro de terror escrito pela parceira A.C. Nunes. Já havia lido 60 Horas desta autora, um livro que eu adorei e até mesmo indiquei para quem gostou de O Inocente, do Harlan Coben. Por gostar da escrita e das ideias da autora, eu fiquei ansiosa por mais esta leitura, ainda mais porque 2018 foi um ano que decidi entrar no mundo dos livros de terror, já que era um gênero meio esquecido por mim (e eu adoro filmes de terror).

O livro foi inspirado na música de mesmo nome interpretada pela banda Eagles. A história é sobre um grupo de amigos que viaja de férias, mas que antes de chegarem ao destino, o carro quebra e eles tem que se hospedar no Hotel Califórnia, até a ajuda chegar. Enquanto esperam por Philip, que foi até a outra cidade procurar algum mecânico, o grupo formado por Álvaro, Ágatha, Maurício, Kelly, Katerina, Frederico e Eloísa curtem um pouco da estadia no luxuoso hotel. As coisas começam a ficar mais complicadas e assustadoras quando um deles é brutalmente assassinado no lugar e todos os hóspedes e funcionários precisam lutar pela sobrevivência. O problema é que eles não sabem se estão lidando com um psicopata cruel ou com um ser sobrenatural decidido a tirar a vida de todos ali.


Por mais que a narrativa seja dinâmica e a leitura seja gostosa (tirando as partes mais descritivas dos assassinatos que são bem nojentas), o livro tem alguns clichês de terror que me incomodaram um pouco e a reviravolta final também não foi muito surpreendente pra mim, mas eu ainda não entendi muito bem tudo, já que existe uma continuação que ainda não foi lançada, então ainda estou com muitas dúvidas e prefiro não fazer comentários prematuros sobre isso.

A escrita é bastante envolvente e o fato de você não saber se é algo real ou sobrenatural é o que mais te faz querer continuar a leitura. Ainda em relação à escrita, a única coisa que me incomodou foram as “premonições” em vários capítulos – “mal eles sabiam que aquilo era apenas o começo” – e acabou ficando demais, talvez se tivessem menos repetições disso, ficasse melhor.


Os personagens não são tão cativantes, mas cumprem sua função em cada momento da história. A única que me conquistou foi Katerina, uma das poucas sensatas sem ser idiota. E sobre a edição, eu gostei muito do trabalho da Editora Xeque-Matte, uma capa bem sombria e bonita e que traz bem o clima da história, a diagramação e todas as artes dentro do livro ficaram excelentes também.


Por fim, eu indico o livro para quem estiver começando nesse mundo do terror, porque mesmo com algumas descrições mais nítidas, várias mortes e essa dúvida de real ou não real, é um livro de leitura fácil, curtinho e não tão intenso (pelo menos não foi pra mim, porque não me apeguei aos personagens). Eu vou aguardar a sequência para dar meu “veredito”, mas estou torcendo para que as respostas que espero não me decepcionem. E, se a autora conseguir seguir na linha dos plot twists de 60 Horas, tenho certeza que ela irá me surpreender.

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