Cometa da Alegria: 23 anos sem Mamonas Assassinas


Hoje, 2 de março, completam-se 23 anos sem Mamonas Assassinas. Eu tinha apenas três meses quando eles se foram e ainda assim eles fizeram parte da minha vida. Ouço suas músicas até hoje e sinto a falta dos meninos tanto quanto quem teve o privilégio de conhecê-los ao vivo.

Para relembrar da história deles, resolvi ler um livro que ganhei em 2016 e que foi lançado em 2004, quando o processo do acidente foi reaberto. O livro foi escrito pelo E. Chérri Filho e é uma bela homenagem ao grupo que revolucionou o mundo musical e levou alegria por onde passou. O livro se chama Mamonas Assassinas - O show deve continuar...


Chorei em vários momentos da leitura, principalmente com os depoimentos da mãe de Dinho, com as fotos inéditas até então e com as descrições de vários momentos da banda. Mesmo após tantos anos, eles continuam fazendo falta, pois ninguém nunca se igualou ou se igualará a eles em alegria, irreverência e simplicidade. A alcunha de “cometa da alegria” cai muito bem, pois eles vieram e se foram tão rápido quanto um cometa, e a alegria que eles trouxeram naquele momento era o que o povo precisava. Ainda hoje, suas músicas nos servem como injeção de ânimo e é esse o legado que eles deixaram.


Além disso, a leitura pôde me ensinar mais sobre os Mamonas. Todos os momentos meio paranormais que antecederam o acidente, os sonhos da mãe de Dinho e do próprio Júlio sobre o avião caindo, a mãe Diná dizendo que havia um manto negro cobrindo o grupo, a namorada de Sérgio ligando pra ele e tendo uma crise de choro aparentemente sem motivo, como se houvessem vários avisos divinos que todos ignoraram. Além disso, Samuel havia sonhado uma vez que o nome Mamonas Assassinas traria muito sucesso para eles. Talvez os sonhos realmente conversem conosco, mas o que Mamonas realmente nos ensinaram é a nunca desistir de nossos sonhos, enquanto estamos acordados. Se persistirmos e continuarmos sendo nós mesmos, a gente pode alcançar o que quiser. Eles eram incríveis dentro e fora dos palcos, na frente e atrás das câmeras...


Creio que a maior homenagem que a gente possa fazer a eles é não deixar que seu legado se apague. Eles se foram, mas a luz que eles deixaram no mundo continua acesa. Então, levem alegria por onde vocês forem, coloquem Mamonas Assassinas para tocar e cantem no mais alto volume. Dinho, Júlio, Bento, Samuel e Sérgio sempre serão parte da minha vida, ainda que se passem cem anos, eles sempre serão meus “pitxulos”.

O livro é esse aqui, caso queiram ler também.

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