Oi, gente! Muito tempo que não trago uma resenha de filme aqui pra vocês e hoje eu voltei com um filme bem perturbador e tocante, Precisamos Falar Sobre Kevin.
Tudo começa com Eva e seu estilo de vida livre, até que ela conhece Franklin e os dois se casam. Até aí tudo bem, eles aproveitam o matrimônio e mantém um loft em Nova York, as coisas pioram quando Eva engravida. Sim, o problema é que ela nunca quis ser mãe e a experiência não vai ser nada fácil (tanto pra ela quanto pra criança).
E desde o nascimento de Kevin vemos que Eva tem uma
dificuldade tremenda para lidar com a criança. Ela prefere escutar o barulho de
uma britadeira no centro da cidade, do que o choro do garoto. E mesmo com o menino crescendo, as coisas não
descomplicam. A relação dos dois sempre se mostrou conturbada, distante e fria.
E Kevin acaba desenvolvendo uma personalidade bem distinta,
e também cruel. O garoto sabe jogar com a situação e ter diferentes faces
quando preciso. A relação com a mãe não melhora em nada, ao contrário da
relação com o pai que parece sempre harmoniosa. Até que Kevin comete um grande
crime e a vida da família toda muda.
No começo do filme,
vemos Eva se restabelecendo depois desse grande desastre e sendo desprezada
pela sociedade. É a partir desses pontos, entre idas e vindas, que descobrimos
porque precisamos falar sobre o Kevin, e sobre a Eva também.
O filme é trabalhado com flashs, momento presentes e passados
se intercalando e nos deixando intrigado sobre o que aconteceu. Foi
simplesmente impossível de largar, você se envolve com os personagens, seus
dramas e logo quer saber a que ponto chegou aquela difícil situação de mãe e
filho. E as próprias cores mexem muito com o emocional, o vermelho foi muito
usado e acabou me transmitindo uma sensação bem perturbadora de dor, violência e
sofrimento. O filme incomoda e te instiga, e foi isso que me prendeu até o fim.
Porém, não é uma história fácil de analisar. Se você for
procurar entender o porquê do Kevin ser assim e os motivos do crime, é preciso
levar em consideração vários fatores. Será que ele já nasceu com uma pré-disposição?
Ou isso é resultado da relação com a mãe? E o resultados disso no psicológico/emocional da Eva? Existe um responsável por tudo? Esse filme vai te fazer pensar muito
e estou até hoje refletindo.
Acredito que o filme vai muito além de procurar um culpado,
ele analisa os resultados das ações que os personagens tomam. Uma espécie de “isso resultou naquilo” em que
todos saem sofrendo. É difícil falar sobre ele. Na minha mais singela opinião,
o caos causado por Kevin é resultado de uma soma de fatores e ver Eva sofrendo
por isso e a maneira como ela passou a viver depois de tudo, me mostrou o
quanto ela se culpava. O longa demonstra, brilhantemente, os vários lados de
uma vida complicada e traumática.
Corram e assistam, juro que não vão se arrepender. A atuação do Ezra Miller e da Tilda Swinton está impecável e o filme entrou pra minha lista de preferidos. Enfim, quero muito que vocês comentem aqui comigo o que acharam do filme e suas teorias. Preparados para falar sobre o Kevin?
Fotos: 1- 2- 3
Corram e assistam, juro que não vão se arrepender. A atuação do Ezra Miller e da Tilda Swinton está impecável e o filme entrou pra minha lista de preferidos. Enfim, quero muito que vocês comentem aqui comigo o que acharam do filme e suas teorias. Preparados para falar sobre o Kevin?
Fotos: 1- 2- 3