[Resenha] O Livro do Cemitério, do Neil Gaiman

Nome: O Livro do Cemitério | Autor: Neil Gaiman | Gênero: Fantasia | Editora: Rocco | Ano: 2010 | Páginas: 336
Sinopse: "Enquanto seus pais e irmã são impiedosamente assassinados por um misterioso homem chamado Jack, um bebê consegue escapar de seu berço e se aventurar pelo mundo. Uma série de coincidências, aliada a uma grande dose de sorte, salva o pequeno de ter um destino tão trágico quanto o de sua família."
Trecho Preferido: “ – Porque existem mistérios. Porque existem coisas de que as pessoas não podem falar. Porque existem coisas de que elas não se lembram.”
Nin era apenas um bebê quando sua família foi assassinada por um homem chamado Jack. Mas devido a sua esperteza o bebê escapou por pouco e subiu a ladeira indo direto para o cemitério. Jack, experiente em seu trabalho, seguiu o garoto, mas não esperava que dessa vez iria falhar. O bebê seria salvo pelos moradores do cemitério.
E foi justamente naquela trágica noite que os seres que ali habitavam se reuniram para decidir o que fazer com o menino. Por fim, foi decidido que o Sr. e a Sra. Owens iriam adotá-lo e ele receberia a Liberdade do Cemitério. Mas a criança teria suas necessidades como ser vivo e, desta forma, Silas -que não é vivo e nem morto- foi designado seu guardião.
E no decorrer da história vamos acompanhando a vida do menino. Em cada capítulo temos uma aventura de Nin e vamos percebendo como o menino está amadurecendo e entendendo o mundo através do seu convívio com os fantasmas e seres do cemitério, como ele está crescendo e aprendendo a se virar em um ambiente muito inusitado.
E como Jack ainda está por aí, e provavelmente buscando pelo garoto, Nin não pode sair do cemitério desacompanhado, ou seja, nada de frequentar a escola. É no próprio cemitério que Silas e alguns fantasmas começam a ensinar o garoto a ler, a escrever e também a conviver com as mais variadas criaturas.
Por lá Nin cria amizades inesperadas: ele conhece Scarlett quando ainda era bem novo, a garotinha que costumava frequentar o local se tornou uma parceira para suas aventuras e seu primeiro contato com as pessoas de fora. Já no meu capítulo preferido, quando o garoto está um pouco mais velho, ele é alertado sobre uma bruxa que está enterrada em solo não consagrado. Sem conseguir segurar a curiosidade, o menino conhece Liza Hempstock -que morreu acusada de bruxaria- e na vontade de ajudá-la consegue mais uma amiga.


“Uma para os que ficam, uma para os que vão
E agora a Macabra todos dançarão”

Como eu li durante a maratona acabei o livro bem rapidinho, mas de toda forma, a leitura é muito leve e divertida. Eu fiquei curiosa para saber como o Nin estava crescendo naquele ambiente nada convencional e adorei cada aventura do garoto. Apesar de ser um livro único contando a história do menino, cada capítulo traz algo novo que se encerra por ali (acredito que por isso sejam capítulos grandes), mas com ligações futuras. Cada capítulo vai narrar uma peripécia de Nin, e em cada um o garoto já está com uma idade diferente, e assim, acompanhamos seu crescimento.


Eu sou suspeita para falar do Gaiman porque eu realmente sou fã do autor, mas a história é bem aconchegante e me prendeu muito do início ao fim. Os personagens são bem únicos e engraçados e o local onde se passa a história é bem diferente do que estamos acostumados, afinal, ninguém sabe como é a rotina de um cemitério, né?! Esse é um livro mais juvenil do autor e vem com aquele traço meio bizarro presente também em Coraline


Mas enfim, me diverti muito, criei um carinho pelos personagens, que são encantadores, e já estou com saudades! Um dos meus autores preferidos, sem dúvidas. Estou com outros livros do autor para ler e vou fazer mais resenhas para vocês em breve. Quem aí também gosta do Gaiman?



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